O orçamento é feito para se avaliar ou calcular o custo de atividades, produtos ou serviços
- 13 de jul. de 2018
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Quando você monta um orçamento dentro da empresa, na verdade, você está tentando prever quais os custos que determinados processos, setores ou atividades específicas gerarão para o caixa do negócio. Dessa forma, é possível separar valores correspondentes para eles de modo antecipado e organizado.
O orçamento é útil em várias situações dentro da empresa. Por exemplo, se existe a intenção de ampliar a estrutura interna, você pode orçar os valores que serão para pagar a mão de obra, materiais de construção, entre outros itens necessários para a construção ou reforma do estabelecimento.
Para qualquer organização, o orçamento é um instrumento essencial. Afinal, ele é uma das ferramentas que ajuda o negócio a atingir os seus objetivos e metas, fornecendo um parâmetro de custos e investimentos que poderão ser feitos, guiando o gestor.
No entanto, é preciso cuidado na hora de aplicar um processo de orçamentação dentro da empresa. Como visto, ele serve como um direcionador para que os profissionais consigam mensurar gastos e necessidades que seus projetos terão. Mas ele não deve ser seguido de forma restrita, já que os preços de materiais, mão de obra, serviços, etc, sofrem variações ao longo do tempo.
Além disso, podem surgir novas necessidades à medida que se executam as ações que foram orçadas previamente. Em todos esses casos, o gestor financeiro deverá analisar as diferenças entre o planejado e o real, buscando reduzir custos inesperados e otimizar os gastos.
Impostos e obrigações
A gestão financeira é responsável, dentre outras finalidades, pela quitação ou fornecimento de recursos para que outros setores paguem impostos e obrigações junto ao governo. Caso ela não seja bem organizada e eficiente, em alguns casos, há chances de haver multas e suspensões de licenças de funcionamento, prejudicando a operação da organização.
É preciso estruturar bem o controle das finanças com o apoio de uma assessoria jurídica e fiscal. A ideia é que ambas assessorias colaborem na análise de contratos e negociações. Dessa forma, o negócio poderá ter mais chances de solucionar problemas legais internos ou externos – clientes, fornecedores ou parcerias.
Também é importante destacar que uma boa gestão financeira, aliada a uma gestão contábil eficiente, é capaz de montar planejamentos que permitam o pagamento de menos impostos (IR, ICMS, FGTS, etc.) conforme as possibilidades previstas na lei. Veremos mais detalhes sobre esse aspecto a seguir.
Dicas e melhores práticas
Existem algumas dicas de organização da gastão financeira que podem ser úteis para a sua empresa. Seguindo-as, você terá como otimizar os processos que envolvam recursos econômicos dentro do seu negócio. Por isso, não deixe de conferi-las:
Organizar e controlar seu orçamento
Para qualquer projeto em sua organização, é necessário ter o controle completo dos atuais e futuros gastos, saber onde, quando, como e porque o dinheiro está sendo aplicado. A melhor forma para ter o controle e um registro sempre ao seu alcance é com uma planilha de orçamento empresarial. Está ferramenta irá lhe auxiliar poupando tempo e dor de cabeça com a perda de informações.
Não misturar finanças pessoais e empresariais
A primeira recomendação é nunca misturar suas finanças pessoais com as do empreendimento. Isso causa confusões no caixa e pode trazer sérias complicações com o fisco. Também prejudica a organização das contas e fantasia os resultados, de modo que, você poderá pensar que a sua companhia está dando prejuízo quando apresenta lucro ou vice-versa.
Aperfeiçoar a gestão contábil
A gestão contábil deve fornecer apoio ao gerenciamento financeiro para otimizar processos relacionados às finanças do negócio. Além disso, a importância da organização contábil também está no planejamento tributário da empresa.
Afinal, essa área é capaz de contribuir para a escolha da natureza jurídica adequada do empreendimento, além de fazer projeções para a definição do objeto social da companhia. Outras atividades envolvem a decisão correta pelo regime de competência ou de caixa e o registro/formalização do negócio nos órgãos competentes.
Ademais, a gestão contábil também é importante para a escolha do perfil tributário do negócio. Se isso for feito de modo equivocado, a empresa pode perder dinheiro e pagar impostos a mais. Também corre o risco de ter problemas com o governo. Para evitar isso, e manter a regularidade fiscal da sua pessoa jurídica, é preciso optar entre os seguintes perfis tributários:
Simples Nacional;
Lucro Presumido;
Lucro Real.
Vale ressaltar que, há outras atividades e burocracias que necessitam de uma boa contabilidade, como o envio de declarações e a emissão e controle de notas fiscais. Devido a elas, e questões mais burocráticas, é necessário contar com uma boa gestão contábil que forneça apoio para a administração financeira empresarial.
Buscar alternativas de crédito mais vantajosas
Caso a empresa passe por problemas financeiros e cogite conseguir capital de terceiros, a dica é buscar alternativas de crédito mais vantajosas. É preciso pesquisar bem o mercado para não contratar empréstimos custosos, burocráticos e difíceis de serem pagos.
Uma alternativa interessante é o empréstimo coletivo, também conhecido como Peer-to-peer lending. Esta modalidade de crédito tem ganhado destaque no mercado devido à sua comodidade e facilidade de acesso, além de suas taxas mais baixas se comparada com os empréstimos bancários.
O empréstimo coletivo não precisa de intermediários financeiros, o que reduz seus custos, uma vez que não há spread bancário. Ele também conta com menos burocracia e seu processo de análise e aprovação é 100% online, o que deixa o procedimento mais rápido.
Fornecido e organizado por uma plataforma tecnológica, o empréstimo coletivo aproxima indivíduos interessados em investir e empreendedores que precisam de recursos para aplicarem em seus negócios. Dessa forma, investidores emprestam quantias aos empresários mediante juros que se converterão em seus rendimentos.
O Peer-to-Peer Lending é uma opção mais acessível, especialmente para pequenas, micros e médias empresas. Essas organizações nem sempre conseguem empréstimos junto às instituições financeiras tradicionais por conta de seu porte, atividade e constituição.
Muitas estão com poucos anos de existência e possuem modelos de negócios considerados de alto risco pelos bancos, o que dificulta ainda mais a obtenção de financiamentos.
Como visto, a gestão financeira é essencial para a saúde da empresa. Um descuido em sua condução pode causar problemas orçamentários e econômicos graves ao negócio, podendo levá-lo a fechar suas portas. Por outro lado, um gerenciamento de qualidade e excelência é capaz de resgatar a empresa de um período ruim, mesmo que não haja tantas vendas.
Portanto, é fundamental prezar pela boa gestão dos recursos do empreendimento, buscando sempre melhorar os processos de controle e monitoramento. Também é preciso otimizar continuamente as análises e relatórios obtidos pela área, para que beneficiem o processo de tomada de decisão em toda a empresa.
Via: Biva
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